sexta-feira, junho 30, 2006

Bom fim de semana..

terça-feira, junho 27, 2006

Nos meus sonhos..

Discuti contigo enquanto sonhava. Sabes, nunca votei em ninguém, não tenho partido. Não pertenço a uma religião, não acredito nos deuses de hoje. Discordo de muita coisa que se diz e que se pensa hoje em dia. Porque estamos diferentes. Porque a nossa evolução já não é nossa. Porque dedicamos o tempo a coisas pequenas, menores.
Isto para te dizer porque acredito na Greenpeace. Porque os conheci. Porque sei porque lutam. Porque sei que também lá há os que trabalham por trabalhar mas também os que vestem a camisola, que acreditam. Dizia-te que tem mais de 3 milhões de sócios e graças a eles sobrevivem. E aos donativos também. Se receberem quantias elevadas investigam. A imagem não pode ser posta em causa. É verdadeira. Não há nem pode haver ligações a empresas, entidades privadas ou partidos políticos. Foi assim que começou, é assim que continua. Numa multinacional, num parlamento ou em frente a um arpão. Uma viagem, um grupo de pessoas que defende a natureza actuando.

E acima de tudo defendem o nome. São-o. Não dão a outra face, mas são pela paz. A violência não pode fazer parte da luta. O verde no nome talvez seja pouco. Também defendem o azul, também defendem o branco, defendem o arco-íris. As vitórias tem sido muitas. Mas muitas mais são necessárias. Para já lutam, pessoal contratado e voluntário, em muitas frentes, porque a batalha é dura e será longa. Têm grupos de trabalho divididos por muitas campanhas : Oceanos, Florestas primárias, Desarmamento, Ogms, Químicos tóxicos, Ameaça nuclear, Desenvolvimento sustentável, Alterações climáticas. Não são chavões, dentro de cada uma ou duas destas palavras há muita gente envolvida, muito trabalho, muita vida. Por isso discuti contigo. Porque acredito neles.

Robert Hunter - Membro fundador da GP e primeiro Rainbow Warrior.

domingo, junho 25, 2006

Não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti..

As marcas são o que são. Valem o que valem. Para alguns milhares de animais Ralph Lauren passou a ser menos um predador. A pressão internacional, em especial da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) deu os seus frutos e a marca anunciou o fim do uso de peles verdadeiras nas suas criações. Mas não é caso para dizer obrigado, é caso para perguntar porque não o fazem todos?? Porque não é legislado mundialmente este comportamento? Porque é que não se declaram guerras a estas barbaridades? Porque é que continuam a esfolar animais vivos apenas para alimentar a vaidade de uns quantos acéfalos?

quinta-feira, junho 22, 2006

Generosidade

Ela transmite tudo, mas sobre esta foto que obtive através do excelente post publicado no blog http://125zul.blogspot.com/ tenho vontade de dizer que aqui não há barreiras, muros, hipocrisias ou cinismos, democracias ou hierarquias, incertezas ou consequências, vaidade ou vergonha, egoismo ou egotismo, gloria, poder ou cobiça, crenças, milagre ou pecado... aqui há na maior pobreza, a maior riqueza.

terça-feira, junho 20, 2006

Ou a defendemos, ou ela defende-se a si própria


Fotos de Gerard JULIEN,Jean-Philippe KSIAZEK,Nicolas ASFOURI,Joseph BARRA and Stephen SHAVER.

Apetece-me citar Mano Chao...
"Hey Bob Marley...sing something to me...this world go crazy...it's an emergency.."

sexta-feira, junho 09, 2006

Porque a beleza depende de quem a olha..

"Muito bem. Admitamos que o pelicano não tem a estética do cisne, todo ele feito de curvas sensuais e majestosas. É atarracado. É queixudo. Tem pés de palhaço e um bico em forma de pá.
O rosto torna-se frequentemente vermelho, e a ave desenvolve uma enorme verruga no nariz quando manifesta desejo sexual.
Paradoxalmente, os mesmos que descreveram o pelicano como animal patusco e desajeitado, não resistiram também a chamar-lhe, por vezes no mesmo parágrafo, majestoso, magnífico, gracioso e verdadeiramente belo. Porquê?"


National Geographic 06/2006

segunda-feira, junho 05, 2006

O Espírito do Lobo


O Espírito do Lobo
Atravessa a noite escura,
E a fria madrugada
Para chegar até onde estás,
Adormecida... contempla-te
E um manto azul
De ternura,
Silenciosamente te envolve
Enquanto dormes.
O Lobo permanecerá
Ao teu lado
Guardando-te,
A noite toda,
Para que durmas em paz...
O Espírito de presas pontiagudas
Afugentará os fantasmas,
Que queiram entrar em teus sonhos.
Por trás de teus oblíquos olhinhos,
As luas antigas descansam...
O Lobo não pode tocar-te,
Amor... apenas olhar-te,
Com um carinho dorido,
O mesmo carinho e ternura
Que não pudeste compreender,
Assim como o Amor multiplicado
Que não conseguiste entender...
Te agitas no sono...
O Lobo se põe atento,
Nenhum fantasma
Ou espírito das sombras,
Conseguirá invadir teu sono,
O Lobo não deixará...
Para acalmar-te,
Com linguagem de estrelas
O Lobo conta-te em sonho
Mágicas lendas,
De antigas montanhas,
Como antes....
Mas, o dia vai despertar
E o espírito do Lobo
Tem de partir,
Voltar novamente
Para seu refúgio,
Aquele lugar do universo
Onde adormecem os sonhos
E ficam à espera,
Que o ciclo da vida
Se cumpra
E outro ciclo comece
E eles possam acontecer,
Pois nós sempre voltaremos
E sempre nos encontraremos...
Hora de partir
Luas antigas,
O Lobo te olha demoradamente,
Pela última vez
E o Abraço acontece
Enquanto silenciosamente,
Chora
O coração do universo...

quinta-feira, junho 01, 2006

Depoimento de um veternário:

"Sendo um veterinário, fui chamado para examinar um cão da raça wolfhound irlandês chamado Belker. Os proprietários do animal, Ron, sua esposa Lisa, e seu garotinho Shane, eram todos muito ligados a Belker e esperavam por um milagre. Eu examinei Belker e descobri que ele estava morrendo de câncer. Eu falei à família que não haveria milagres no caso de Belker, e me ofereci para proceder a eutanásia para o velho cão em sua casa.

Enquanto fazíamos os arranjos, Ron e Lisa me contaram que estavam pensando se não seria bom deixar que Shane, de quatro anos de idade, observasse o procedimento. Eles achavam que Shane poderia aprender algo da experiência. No dia seguinte, eu senti o familiar aperto na garganta enquanto a família de Belker o rodeava.

Shane parecia tão calmo, acariciando o velho cão pela última vez, que eu imaginei se ele entendia o que estava se passando. Dentro de poucos minutos, Belker foi-se, pacificamente. O garotinho parecia aceitar a transição de Belker sem dificuldade ou confusão.

Nós nos sentamos juntos um pouco após a morte de Belker, pensando alto sobre o triste facto da vida dos animais serem mais curtas que as dos seres humanos. Shane, que tinha estado escutando silenciosamente, saltou, "Eu sei porquê."

Abismados, nós nos voltamos para ele. O que saiu de sua boca me assombrou. Eu nunca ouvira uma explicação mais reconfortante. Ele disse, "As pessoas nascem para que possam aprender a ter uma boa vida - como amar todo mundo todo o tempo e ser bom, certo?" o garoto de quatro anos continuou,"Bem, cães já nascem sabendo como fazer isto, portanto não precisam ficar por tanto tempo."

CHOREI

Walter Antonio Pereira