terça-feira, setembro 18, 2007

Bonitas por fora, mais bonitas por dentro..




Uma pequena homenagem às mulheres bonitas que me rodeiam..

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segunda-feira, setembro 10, 2007

O Mundo sem nós..

Imaginemos o mundo sem humanos... quantos anos tardaria a Terra a recuperar o seu equilíbrio? O que ficaria como vestígio da nossa presença no planeta? Quem procuraria ocupar a nossa posição dominante?

A todos estes enigmas procura responder "The World Without Us" (O mundo sem nós), o ultimo livro a despertar a consciência ecológica dos americanos e que é já um best-seller no campo da divulgação científica.

Longe de explorar os efeitos apocalípticos das mudanças climáticas, Alan Weisman, especula com uma desaparição repentina da nossa espécie, sem apresentar uma causa concreta, e aproxima-se desse futuro pós-humano com um olhar analítico, pouco dado ao drama ou ao mea-culpa.

De qualquer forma, em algumas ocasiões, o autor deixa-se atraiçoar pelo seu coração humano e questiona com alguma nostalgia: "É possível que, em vez de suspirar com grande alivio biológico, o mundo sem nós, acabe por sentir saudade?".

Após 3 anos de investigação e muitas viagens, desde África à Amazónia, passando por Chernobyl, Cappadocia, Chipre, Polónia, Coreia do Sul, Yucatán, Houston.. Weisman assegura ainda não ter uma resposta.. " As plantas adorariam seguramente a música de Beethoven, e muitas espécies nos agradeceriam por termos deixado pontes, outra das maravilhas criadas pelo ser humano. Agora, a terra em conjunto sentiria a nossa falta? teríamos de colocar numa balança a destruição e a criação causada pelo homem. Prefiro deixar a questão no ar. Havia que esperar milénios para a natureza recuperar "a pureza pré industrial" adverte Tyler Volk, professor de Física Atmosférica da Universidade de Nova York. Despovoadas as cidades e abandonadas as quintas (as vacas e os animais domésticos acabariam com o mesmo destino que nós mesmos..ou não!?), as árvores reclamariam o seu espaço em muito menos tempo. No último bosque primário da Europa, o Bialowieza Puszcza na Polónia, Weisman constata a grossura imponente de arvores com 500 anos e estima, apoiando-se em especialistas, que isso seria o tempo que demoraria o planeta a reflorestar-se sem a pressão humana.

Os desastres ecológicos seriam inevitáveis após o nosso desaparecimento e não apenas na sequência das alterações climáticas. O legado mais complicado do ser humano seriam as centrais nucleares. O destino mais que certo das 441 centrais nucleares existentes seriam o sobreaquecimento. Algumas incendiariam-se, outras fundar-se-iam. A natureza empregaria vários séculos para limpar os estragos causados pela industria petrolífera nomeadamente suas plataformas e refinarias do golfo do México. A praga dos plásticos teriam os mares bastante ocupados "mas eventualmente os micróbios encontrariam maneira de os destruir", afirma Weisman.

"Nós humanos vamos acabar por nos extinguir. Não há razão para pensar que somos diferentes de outras espécies", adverte o paleobiólogo Doug Erwin, "mas a vida continuará, e evoluirá, estejamos nós ou não".
Confesso que ainda não li o livro, mas gostava de responder à bela pergunta de Weisman.
Sim, a Terra vai ter saudades nossas.
Porquê? Porque somos filhos dela.