É tempo de férias..

..relax e liberdade!

Ibiza e o mar Mediterrâneo

Estive lá à cerca de 6 anos. Pude constatar que não são só as noites loucas e as discotecas imponentes que fazem desta ilha mágica. É sobretudo a liberdade das pessoas e a liberdade natural da ilha que a "calienta". As calas (pequenas praias, pequenas baías) são únicas e belas.

Um desses lugares, o parque natural Ses Salines foi catalogado como ligar de importância comunitária. Conta com a presença habitual de várias espécies ameaçadas como a tartaruga boba e o golfinho nariz de garrafa.

Agora mesmo este ecossistema foi agredido. o Barco "Don Pedro" está fundeado a 48 metros de profundidade a uma milha do porto de Ibiza. A contaminação dos seus depósitos já chegou a terra.

Noutras partes do planeta foram já confirmadas situações de contaminação continua e prolongada do meio marinho. O barco militar S.S. Jacob Luckenbach que se afundou em 1954 continua a matar aves em golfod e na Califórnia. A corrosão do próprio barco e as consequentes libertações de altos níveis PCB e metais pesados são as principais causas.

E o "nosso" Mediterrâneo vai morrendo aos poucos. São mais umas vez as chamadas organizações ecologistas como a WWF e a Greenpeace que chamam a atenção para tal facto, denunciando e exigindo a retirada do barco afundado.

Não deveria ser assim. Afinal nós portugueses refugiamos-nos nele e também vivemos dele.
E não os vejo a fazer nada..

Grito

Eis que surge um pedido amigo. Um grito de ajuda.
Eis que a Cristina Oliveira, lâmina de água para os mais próximos, me pede para juntar a minha voz (pelas palavras) a um SOS pela Amazónia. Ele aqui vai, por ti e por ela.

Razão: A privatização já começou na Amazónia. Governo planeia concessão de 1 milhão de hectares de florestas

Áreas devem ser exploradas para produção sustentável de madeira e outros serviços. Concessão faz parte do primeiro Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF).

O governo federal espera abrir licitações ainda neste ano para a concessão de 1 milhão de hectares de florestas públicas, que poderão ser explorados pela iniciativa privada para produção sustentável de madeira e outros serviços ambientais. Essa é a primeira iniciativa prática de implementação da Lei de Gestão de Florestas Públicas, publicada em Março de 2006 e regulamentada um ano depois.

A vermelho podem ser vistas as áreas determinadas no plano.

Infelizmente pouco há para dizer. Os "donos do mundo" continuam a ser os senhores engravatados, os senhores que do alto do seu pedestal não escutam o vento, não olham o mar. São filhos de pais egoístas, de mães vaidosas. Os grandes grupos económicos dominam-nos e as grandes decisões do mundo actual são baseadas numa só coisa: dinheiro. O pequeno cidadão limita-se a sobreviver. Os que nada têm para comer não chegarão a ter estas preocupações. E nada é feito para salvar vidas, para mudar o que realmente interessa, para mudar o mundo.

Mas apontar o dedo não serve para nada. Há que continuar a lutar. A defender o que nos dá vida, a nossa essência. O lugar com a maior biodiversidade do mundo não pode ser vendido. Apenas protegido, apenas preservado.

Levanta a tua voz, envia a tua opinião para : info@sfb.gov.br

Strong

Desde meados do mês de Março que um tigre deambula pela selva de Sumatra. Muitos estão intrigados como consegue sobreviver com apenas 3 patas.

Foi há mais de 4 meses que no Parque Nacional de Tesso Nilo caiu numa armadilha construída por caçadores furtivos com raios de uma bicicleta. Se tivesse aí permanecido, teria sido morto, mas não o fez e o preço foi perder uma das suas patas. Aparentemente as possibilidades de sobrevivência eram nulas. Mesmo superando a perda de sangue e a infecção..como poderia alimentar-se? como poderia caçar? De algum modo o fez.

O tigre de Sumatra está em perigo de extinção. Não existem mais de 350 exemplares em liberdade, praticamente todos nos 5 parques naturais de Sumatra. São uma das espécies mais ameaçadas do mundo, junto com os tigres da Sibéria, Bengala e sul da China. Este ultimo já só pode ser visto em cativeiro. As sub-espécies de Bali e Java já estão extintas.

Mesmo na Natureza os finais de história não devem ser dados como adquiridos. O "Strong" é um exemplo. Espero que a sua espécie tenha tal como ele, força para viver.