Transgénicos..

Por exemplo, o milho transgénico que se cultiva maioritariamente leva genes de bactérias que lhe permite produzir uma substancia insecticida.
A diferença fundamental para as técnicas tradicionais de melhoria genética é que permitem quebrar barreiras entre espécies para criar seres vivos que efectivamente não existem na natureza. Trata-se de uma experiência à escala planetária baseado num modelo científico que ainda é uma incógnita.
Alguns dos perigos destas culturas para o meio ambiente e agricultura são o incremento do uso de tóxicos na agricultura, a contaminação genética, a contaminação dos solos, a perda de biodiversidade, o desenvolvimento de resistências por parte dos insectos ou efeitos não desejados em outros organismos. Os efeitos sobre os ecossistemas são irreversíveis e imprevisíveis.
Por cá discute-se a forma da acção da Verde-Eufémia (destruiu cerca de 1 hectare de campo com milho transgénico no Algarve), o prejuízo dado ao agricultor e inclusivamente fazem-se já aproveitamentos políticos dos acontecimentos.
Sobre a acção compreendo-a mas não sei se atingiu o objectivo. Sobre os transgénicos sou contra. Um terço dos alimentos que comemos contêm derivados de soja ou de milho. As consequências e os efeitos para nós humanos são uma incógnita e a parada é bem alta. Para o ambiente são já uma certeza como o prova a destruição de bosques primários na Argentina para plantação de soja transgénica.
Infelizmente o importante não está aqui em causa. Não se alteram nem se cultivam alimentos geneticamente modificados para uma agricultura sustentável. Para uma distribuição mais justa dos alimentos. Para um real combate à fome no mundo.
É apenas mais um negócio. A qualquer preço.