Masai..
Os membros da tribo masai, do Quénia, pedem uma "acção urgente" para lutar contra as alterações climáticas, apresentado-se como "as primeiras vítimas" deste fenómeno apesar de pouco ou nada contribuírem para o aquecimento global.
"O meu povo não anda de 4x4, não vai de fim-de-semana, não parte de férias de avião, mas sente os efeitos das alterações climáticas", lamentou Sharon Looremetta, um masai membro de uma organização não-governamental, numa conferência de imprensa realizada à margem do encontro das Nações Unidas sobre o clima, que decorre entre os dias 6 e 17 de Novembro, em Nairobi, a capital do Quénia. "É uma enorme injustiça. Por isso, apelamos a uma acção urgente", disse Looremetta.
Os masai, que constituem uma tribo distruibuída essencialmente pelo Quénia e pela vizinha Tanzânia, "são os primeiros e os mais atingidos pelas alterações climáticas", provocadas essencialmente pelas emissões de gases com efeito de estufa, relacionadas com a combustão de energias fósseis, como o carvão e o petróleo, afirmou. "Tivemos muito pouca chuva nos últimos três anos, os animais morrem, as crianças não vão à escola, as mulheres passam a maior parte do tempo à procura de água e não estão ocupadas com actividades que permitem ganhar a vida", lamentou Looremettta. Segundo explicou, as crianças têm abandonado a escola porque "têm de andar à procura de água e de pasto" para os animais, que são o seu principal recurso.
Se há alguem com motivos para falar, estes senhores são sem duvida dos poucos com razão e moral para o fazer. A mesma razão e moral que falta a quem os devia ouvir.
3 Comentários:
Olá, tudo bem contigo?
Interessante a notícia ... Triste também...
Tudo por aqui é água de pura fonte....
Gostaria de por postar essa informação no meu blog se assim permitires...
Um abraço
***Hanah***
Nós que nos autotitulamos como pertencetes à sociedade dita "civilizada" esqucemo-nos das nossas raizes, esqucemo-nos da beleza e simplicidade de viver em sintonia com a natureza embrenhados cada vez mais nas nossas pequenas conquistas económico-tecnologicas. Esta noticia serve-nos como referência, como forma de nos acordar para o facto de que se estivessemos a depender inteiramente da natureza estariamos hoje a sofrer as mesmas dificuldades que esta tribo e muitas outras como as da amazónia.
Em resumo o mundo está a mudar para pior.
O mesmo se passa com os habitantes das ilhas Tuvalu, no Pacífico, que tem uma acção no tribunal internacional contra a Austrália, para os obrigar a ceder território para se instalarem quando a água do mar lhes levar o resto de terra que ainda têm.
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