Crescer para lado nenhum..

Muita da biodiversidade da Costa Rica está umbilicalmente ligada aos seus rios.
Lá, como aqui, há rios que rasgam o país.
Lá, como aqui, água dá vida, água é vida.
É ela que alimenta a beleza animal e vegetal que amamos, que gostamos ou que nos é indiferente mas nos sustenta. Mas lá, eles ainda transportam vida.
Falar das particularidades das espécies com a qual tive contacto é uma motivação obvia, mas primeiro tenho uma resposta a dar-lhes. Aos rios de lá.
Cá, tambem temos rios. Tambem já eles tiveram cheios de vida. Agora não, morrem lentamente. Temos industrias quimicas e texteis, celuloses e matadouros, pequárias e esgotos urbanos que fizeram partir as ostras, o golfinho, o salmão, a carpa...e a cor de cada um deles. Do Tejo, do Sado, do Vouga, do Caima, do Ave, do Lis, do Douro, do Alviela, do Guadiana, do Zêzere...
Cuidado que é tudo feito rápida e serenamente. Impune e naturalmente.
É por isso que desejo que te mantenhas assim. Com pouca coisa mas com tanta, tão pobre mas tão viva. Até quando Costa Rica?