VUP- 4 - Luisa Schmidt
Luisa Schmidt
Socióloga, jornalista, fundadora do Observatório do ambiente, assistente de investigação do Instituto de ciências sociais da universidade de Lisboa.
o que diz..
"As questões do ambiente surgiram por via da minha actividade jornalística.Durante bastante tempo tratei da área da defesa do consumidor no Expresso,e o ambiente era como que o reverso da medalha da sociedade de consumo em que estávamos a viver".
"A poluição dos recursos hídricos continua e o problema do desordenamento tem-se agravado exponencialmente.Por outro lado, espanta-me a ausência de continuidade nas políticas. Há uma interrupção constante em qualquer tipo de política, que não cria memória e que acaba por originar problemas maiores.Desperdício de dinheiros e fundos investidos sem fiscalização sobre o investimento".
"A ideia de que as pessoas sozinhas não podem fazer nada é um equívoco, porque elas sozinhas podem criar movimentos.Há um fundamentalismo do betão e do desmazelo que é fatal ao país".
"por incrível que pareça, num país com as potencialidades ambientais que este tinha, e generosamente regado por subsídios comunitários nos últimos 20 anos, o ponto de situação das nossas Áreas Protegidas é lastimável.Pilhadas pelas supostas "elites" sociais e políticas, e desleixadas por uma população que tarda a ultrapassar a sua iliteracia ambiental, as áreas vivem como uma esquadra mal armada cercada por gangs".
"Agora que a pobreza voltou a ser de novo a condição real do país, as áreas protegidas eram pelo menos uma esperança e um património.Em vez de se fazer delas um desígnio colectivo nacional, entregam-se a uma trapalhada burocrática que, de tropeção em tropeção, as arruinará".
"A política da água é um escândalo: o Liz e o Ave demonstram-no à saciedade. É urgente criar informação séria, sistemática e cruzada.Não há um sistema de bases integrado que leve as pessoas a tomar decisões eficazes.Tem que haver cruzamento de informações e de dados para não haver decisões baseadas em critérios diferentes que ora favorecem uns ora prejudicam outros.E aqui os media tem responsabilidade, porque, até agora, o ambiente não parece ter sido conteúdo que atraia audiências".
"O resultado é que se o Zé constrói, o Manel também quer construir.O processo torna-se imparável(...) transformou-se em pura «carne» para betão.O problema é que esta «carne» é de vacas loucas e quem lá vai adoecer é a capital e é o país".
"É preciso, se calhar, algo mais importante: que o país acorde da ilusão de que está constituído desde o século XII, e comece a tornar-se naquilo que não é: um Estado moderno, aberto e leal".
Socióloga, jornalista, fundadora do Observatório do ambiente, assistente de investigação do Instituto de ciências sociais da universidade de Lisboa.
o que diz..
"As questões do ambiente surgiram por via da minha actividade jornalística.Durante bastante tempo tratei da área da defesa do consumidor no Expresso,e o ambiente era como que o reverso da medalha da sociedade de consumo em que estávamos a viver".
"A poluição dos recursos hídricos continua e o problema do desordenamento tem-se agravado exponencialmente.Por outro lado, espanta-me a ausência de continuidade nas políticas. Há uma interrupção constante em qualquer tipo de política, que não cria memória e que acaba por originar problemas maiores.Desperdício de dinheiros e fundos investidos sem fiscalização sobre o investimento".
"A ideia de que as pessoas sozinhas não podem fazer nada é um equívoco, porque elas sozinhas podem criar movimentos.Há um fundamentalismo do betão e do desmazelo que é fatal ao país".
"por incrível que pareça, num país com as potencialidades ambientais que este tinha, e generosamente regado por subsídios comunitários nos últimos 20 anos, o ponto de situação das nossas Áreas Protegidas é lastimável.Pilhadas pelas supostas "elites" sociais e políticas, e desleixadas por uma população que tarda a ultrapassar a sua iliteracia ambiental, as áreas vivem como uma esquadra mal armada cercada por gangs".
"Agora que a pobreza voltou a ser de novo a condição real do país, as áreas protegidas eram pelo menos uma esperança e um património.Em vez de se fazer delas um desígnio colectivo nacional, entregam-se a uma trapalhada burocrática que, de tropeção em tropeção, as arruinará".
"A política da água é um escândalo: o Liz e o Ave demonstram-no à saciedade. É urgente criar informação séria, sistemática e cruzada.Não há um sistema de bases integrado que leve as pessoas a tomar decisões eficazes.Tem que haver cruzamento de informações e de dados para não haver decisões baseadas em critérios diferentes que ora favorecem uns ora prejudicam outros.E aqui os media tem responsabilidade, porque, até agora, o ambiente não parece ter sido conteúdo que atraia audiências".
"O resultado é que se o Zé constrói, o Manel também quer construir.O processo torna-se imparável(...) transformou-se em pura «carne» para betão.O problema é que esta «carne» é de vacas loucas e quem lá vai adoecer é a capital e é o país".
"É preciso, se calhar, algo mais importante: que o país acorde da ilusão de que está constituído desde o século XII, e comece a tornar-se naquilo que não é: um Estado moderno, aberto e leal".
1 Comentários:
"A ideia de que as pessoas sozinhas não podem fazer nada é um equívoco, porque elas sozinhas podem criar movimentos.Há um fundamentalismo do betão e do desmazelo que é fatal ao país".
******* Essa frase de Luisa Schmidt é a verdade maior que muitos não entendem né guerreiro. A propósito, vc naum aceitou o convite orkutniano que te mandei.. até entendo. Se nos atermos muito ao orkut é um verdadeiro atraso de vida, uso apenas para trocar idéias nas comunidades. Embora.. como é dificil encontrarmos pessoas guerreiras.. nossa! Estamos em extinçao amigo de fé, irmão camarada. bjs.
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